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Cátedras de pesquisa idealizada pela Innovair traz mais dois professores para o ITA

Programa Swedish Endowed Professor Chair at ITA entra em seu segundo ano com perspectivas de continuidade .

 

O programa Swedish Endowed Professor Chair at ITA in the Honor of Peter Wallenberg Sr., que instituiu cátedras no Instituto Tecnológico de  Aeronáutica (ITA) para que professores suecos cooperassem com o Brasil, caminha agora para sua segunda fase. Criado no início de 2015, com o objetivo de aprofundar a cooperação bilateral em pesquisa, educação e inovação em tecnologias do setor aeronáutico, o programa já trouxe ao Brasil o seu primeiro professor, Petter Krus, da Linköping University.

Krus já veio a São José dos Campos (SP), cidade que abriga o ITA, por diversas vezes nos últimos 16 meses, e ainda deve voltar ao Brasil mais vezes, até 2018. Este ano, no início de outubro, é a vez do segundo convidado: Dan Henningson, do Royal Institute of Technology. E o terceiro docente, Tomas Grönstedt, da Chalmers University of Technology, tem chegada prevista para o final do mesmo mês. Ambos devem voltar mais vezes até o ano de 2019 (Veja abaixo entrevistas com os professores).

A iniciativa é desenvolvida no âmbito da INNOVAIR, plataforma que abriga todos os stakeholders relevantes da Suécia e visa estreitar os laços com a academia, governo e indústria do Brasil, fortalecendo o intercâmbio de inovação e tecnologias avançadas no setor aeronáutico.

O vice-presidente para pesquisa da KTH, Arne Johansson, acredita que o programa abre possibilidades de colaborações novas e excitantes entre Suécia e Brasil na área de aeronáutica. “É uma iniciativa que pode dar origem a relações de longo prazo e projetos de cooperação de natureza fundamental e aplicada. Os intercâmbios entre ITA e KTH, em diferentes níveis acadêmicos, vão enriquecer os dois ambientes e facilitar a cooperação industrial entre a Suécia e o Brasil”, ressalta.

De acordo com o reitor do ITA, Anderson Correia, as cátedras de pesquisa são importantes para a instituição e têm rendido bons feedbacks por parte dos alunos. “Essas cátedras são muito comuns em universidades estrangeiras e o ITA já vem investindo nisso desde o ano passado. Começamos com a Cátedra Embraer, em 2015, quando trouxemos o professor Carlos Cesnik, ex-aluno do ITA e hoje professor na Universidade de Michigan. No final do primeiro semestre, com a vinda do professorPetter Krus, consolidamos a primeira incursão no programa Swedish Endowed Professor Chair at ITA in the Honor of Peter Wallenberg Sr. E depois, ainda no mesmo ano, lançamos uma Cátedra Internacional de Ensino sobre Plataformas de Pequenos Satélites, com o apoio da Thales Alenia Space (TAS)”, resume.
Para ele, o ITA só tem a ganhar ao trazer professores estrangeiros para passar um período relevante na instituição. “A estratégia permite trazer gente que tem relação estreita com a indústria e com outras instituições de pesquisa, como foi o caso do Petter Krus, que tem ótimas relações com a Saab e com outras universidades brasileiras. Os professores de cátedras de pesquisa que vieram para o ITA até agora interagiram muito bem com a instituição, os alunos e outros docentes.”

O reitor explica que os professores do programa Swedish Endowed Professor Chair at ITA ficam na instituição, ao todo, entre dois e seis meses. “Aqui, eles se dedicam a tarefas como orientação de alunos, participação em grupos de pesquisa, orientações de teses. E também ministram mini-cursos e desenvolvem artigos conjuntos com outros docentes e alunos de pós-graduação.”
Segundo Correia, todas cátedras de pesquisa, incluindo a do programa da INNOVAIR, têm planos de trabalho com prazos estipulados. E cada uma delas tem um professor instrutor local, que organiza as reuniões com grupos de pesquisa, toma providências para socializar o convidado, introduzindo-o na rotina da instituição e fazendo a ponte com os alunos e com os outros docentes.
“Para os alunos, é uma oportunidade única: primeiro, de ter aulas em inglês e aperfeiçoar o uso de temos técnicos de suas áreas de pesquisa e, segundo, de ter contato com uma cultura diferente. A interação com os professores convidados nos corredores e durante as refeições comuns também enriquece o dia a dia dos estudantes”, diz Correia.

Para o vice-reitor adjunto de Relações Externas da Linköping University, Peter Värbrand, o desenvolvimento do programa irá permitir, para ambos os lados, resultados concretos em pesquisa, educação e inovação. “Ele aumenta a visibilidade internacional da nossa instituição, e o faz junto a um parceiro estratégico, que é a Saab. Outro benefício é que permite construir uma colaboração de longo prazo com instituições-chave no Brasil como, por exemplo, o ITA.”

Värbrand lembra que a Universidade de Linköping mantém um programa de pós-graduação em engenharia aeronáutica. “Acreditamos que a colaboração com outros países é de grande importância no âmbito de uma instituição que tem um mestrado internacional. Por exemplo, fomentando o intercâmbio entre estudantes – e, neste caso, com um excelente parceiro que é o ITA.”
Correia, por seu lado, avalia a repercussão das cátedras de pesquisa como muito positiva para o ITA. “Conseguimos medir o impacto dessas iniciativas pelas aulas magnas e palestras dos docentes visitantes. Na palestra de apresentação do professor Petter Krus havia 600 pessoas. Na aula magna do professor Cesnik havia 800. Isso levando-se em conta que o ITA é uma instituição com um número restrito de alunos: são 1.200 de graduação e 600 de pós. O resultado tem sido muito bom.”

Segundo Alessandra Holmo, Managing Director do CISB, instituição que apoia a vinda dos professores suecos ao Brasil, as cátedras do ITA constituem um modelo inovador dentro do sistema brasileiro de inovação, e trazem como desafio a ampliação da cooperação com grupos de pesquisa de outras universidades no Brasil além do ITA e a forma de como tornar esse modelo sustentável no longo prazo. “Acredito que este modelo possa ser replicado para outros setores de cooperação entre Brasil Suécia e já estamos trabalhando para isso. Também estabelecemos um comitê dentre todas as instituições envolvidas para propor ações que tornem este modelo sustentável”, conclui a diretora.
 

Fonte: CISB - Centro de Pesquisa e Inovação Sueco-Brasileiro.

Edição local: Assessoria de Comunicação Social – ITA